Vale a pena assinar serviços de entrega? Veja o cálculo real

Vale a pena assinar serviços de entrega? Veja o cálculo real

Em um mercado que não para de crescer, entender se vale a pena investir em assinaturas de delivery pode transformar seu orçamento mensal e potencializar ganhos de restaurantes. Com dados projetando mais de US$ 21,18 bilhões movimentados em 2025 no Brasil, é hora de analisar se essa economia realmente faz sentido para você.

Este guia oferece um passo a passo para consumidores e estabelecimentos, trazendo cálculos concretos, dicas estratégicas e reflexões que vão além dos números. Prepare-se para descobrir como otimizar custos e aproveitar economia imediata nas taxas.

O cenário atual do delivery no Brasil

O setor de delivery segue acelerado: espera-se que movimente US$ 27,81 bilhões até 2029, com uma taxa de crescimento de 7,05% ao ano. A digitalização dos hábitos de consumo e o protagonismo da geração Z impulsionam inovações como dark kitchens e sustentabilidade em embalagens. Três gigantes dominam: iFood, Rappi e 99Food — esta última oferecendo, em 2025, isenção de comissão para restaurantes por dois anos.

Para o consumidor, o apelo está na conveniência e na facilidade dos apps no dia a dia. Já para os estabelecimentos, a batalha envolve reduzir custos sem perder visibilidade. Em meio a essa disputa, as assinaturas de entrega surgem como solução tanto para fidelizar clientes quanto para manter margens saudáveis.

Como calcular se compensa assinar para consumidores

Para decidir pela assinatura de um “clube” de delivery, siga estes passos práticos:

  • Levantamento de gastos mensais: some a quantidade de pedidos por mês e o valor médio de cada taxa de entrega (por exemplo, 10 pedidos x R$5 = R$50).
  • Comparação com o custo da assinatura: se o plano custa R$14,90/mês e oferece entregas ilimitadas ou descontos, verifique quantos pedidos são necessários para cobrir essa despesa.
  • Análise de restrições e benefícios: avalie restaurantes participantes, limite de entregas grátis e valores mínimos de pedido.

De forma prática, se você fizer mais de 3 pedidos mensais com taxa média de R$5, a assinatura de R$14,90 já se paga. Caso faça apenas um pedido ocasional, pode não valer a pena arcar com a mensalidade.

Avaliando a assinatura no ponto de vista do restaurante

Para estabelecimentos, a equação é diferente. As comissões dos apps tradicionais consomem entre 26% e 30% do valor dos pedidos. Já a 99Food oferece modelo com isenção de comissão e mensalidade por dois anos, reduzindo o custo para apenas taxas de pagamento e entrega.

Considere estes pontos antes de aderir ou manter uma parceria com plataformas:

  • Custo efetivo: compare a comissão cobrada (até 30%) com taxas fixas de pagamento (3,2%) e entrega (até 4,5%).
  • Visibilidade vs. margem: avalie o retorno em vendas versus perda de margem em cada pedido.
  • Operação própria: calcule custos logísticos (salários, combustível, manutenção) para decidir se o delivery interno é mais vantajoso.

Essa análise permite entender se o aumento de volume compensa a redução de lucro unitário ou se vale a pena investir em logística própria.

Exemplos práticos de cálculo

Veja abaixo modelos comparativos para consumidores:

Para restaurantes, uma simulação simples pode revelar se o desconto de comissão vale mais que o volume adicional de pedidos gerado pela plataforma.

Dicas para tirar o máximo proveito

Independentemente do perfil, siga boas práticas para maximizar benefícios:

  • Planejamento mensal: tenha clareza sobre quantas vezes você usa o serviço de delivery.
  • Monitoramento constante: acompanhe promoções, participações de restaurantes e alterações nas políticas de preços.
  • Aproveitamento de ofertas: use descontos em mercados, farmácias e outras categorias ofertadas pelos clubes.

Para restaurantes, investir em tecnologia e atendimento de qualidade aumenta a retenção de clientes e justifica investimentos em parcerias com grandes apps.

Perspectivas e tendências futuras

O mercado de delivery avança rumo a inovações como drones e veículos autônomos, além de expandir dark kitchens — que já representam 35% dos estabelecimentos iFood em São Paulo. A sustentabilidade nas embalagens e a oferta de alimentos saudáveis também são tendências fortes, alinhadas à demanda de consumidores preocupados com saúde e meio ambiente.

Com a concorrência cada vez mais acirrada, é provável vermos quedas nas taxas para consumidores e estratégias diferenciadas para restaurantes, reforçando a necessidade de monitorar constantemente custos e benefícios.

Conclusão: tomando a decisão certa

Assinar um serviço de delivery pode representar economia real e recorrente para consumidores assíduos e ganho de competitividade para restaurantes que saibam equilibrar visibilidade e margem. A chave está em realizar cálculos assertivos, considerar restrições e manter-se atualizado sobre mudanças no mercado.

Ao seguir as orientações deste artigo, você terá ferramentas para decidir com confiança se a assinatura é uma aliada para reduzir gastos e impulsionar vendas — garantindo que cada centavo investido no seu delivery renda o máximo possível.

Maryella Faratro

Sobre o Autor: Maryella Faratro

Maryella Farato, 29 anos, é redatora no s2earch.io, com foco em finanças pessoais para mulheres e famílias que buscam alcançar a independência financeira.